Título: Beleza Perdida
Autor: Amy Harmon
ISBN: 9788576863748
N° de páginas: 336
Editora: Verus
Ano: 2015
SINOPSE
Ambrose Young é lindo – alto e musculoso, com cabelos que
chegam aos ombros e olhos penetrantes. O tipo de beleza que poderia figurar a
capa de um romance, e Fern Taylor saberia, pois devorava esse tipo de livro
desde os treze anos. Mas por ele ser tão bonito, Fern nunca imaginou que
poderia ter Ambrose... até tudo na vida dele mudar.
Beleza perdida é a historia de uma
cidadezinha onde cinco jovens vão para a guerra e apenas um retorna. É uma
historia sobre perdas – perdas coletivas, perda individual, perda da beleza,
perda de vidas, perda de identidade, mas também ganhos incalculáveis. É um
conto sobre amor inabalável de uma garota por um guerreiro ferido.
Este é um livro profundo e emocionante
sobre a amizade que supera a tristeza, sobre o heroísmo que desafia as
definições comuns, além de uma releitura moderna de A Bela e a Fera, que nos
faz descobrir que há tanto beleza quanto ferocidade em todos nós.
Primeiramente, a sinopse é tudo aquilo
que vi nesse livro, cada palavra faz jus à obra.
É difícil encontrar palavras para falar
sobre essa história. Comecei esse livro sem muitas expectativas. Não procurei
resenhas a respeito como costumo fazer. Não me baseei em nenhuma opinião, a não
ser no meu próprio pré julgamento a respeito da capa, achei que fosse um new
adult, mais do mesmo, porém fui maravilhosamente surpreendida por este livro
que deixou reflexões e lições para uma vida toda.
É possível crescer e aprender com a
historia de cada personagem, com cada tropeço, cada perda e cada metáfora e
filosofias de sabedoria a respeito da vida, deixando em evidencia o verdadeiro
significado da amizade.
Ambrose Youg é o garoto de ouro de Hannah
Lake, sensível e lindo, que invade todos os romances que a sonhadora Fern
tachada de feia – pelos seus cabelos
volumosos cor de fogo, óculos grandes e aparelhos nos dentes – costuma escrever. Ambrose encontra em Fern e
Bailey sua ancora para voltar a viver após uma perda irreparável.
Bailey é de longe o personagem mais carismático
e inspirador. Ele sofre com uma doença chamada de distrofia muscular de
duchenne, deixando-o preso em uma cadeira de rodas e reduzindo suas
expectativas de anos de vida, porém ele tem a mente mais saudável que muita
gente por ai, tem grande facilidade para explorar a própria imaginação e sua
capacidade de agradecer a vida por mais um ano é inspiradora. Bailey me
arrancou suspiros, risos, lágrimas e reflexões contemplativas sobre a vida. O
que mais dizer sobre esse carinha fictício que me ensinou pacas? Obrigada
Bailey.
“AGOSTO
DE 1994[...] Dã! Ela é incrível – disse Bailey, sem nunca desviar os olhos. –Eu
gostaria de ter oito pernas, fico me perguntando por que o Homem-Aranha não
ganhou oito pernas quando foi mordido por aquela aranha radioativa. Ele ganhou
uma visão ótima e muita força, alem da capacidade de fazer teias. Por que não
as pernas extras? Ei! Talvez o veneno da aranha cure distrofia muscular e, se
eu deixar esse bicho me morder, vou ficar grande e forte – Bailey refletiu,
coçando o queixo como se estivesse realmente considerando a hipótese.”
Bailey
Fern e Bailey são primos, amigos inseparáveis
e parceiros no crime. A dupla imbatível! Uma relação de extrema sensibilidade e
linda de se ver, meu coração amolece só de lembrar da fofura que é os dois
juntos.
Um cadeirante, uma garota “feia”, dois
nerds e um cara que teve a beleza perdida, mas que juntos encontraram na vida, mesmo
tendo seu lado feio, o lado belo através do amor.
“-
A verdadeira beleza, aquela que não se desvanece ou esvai, precisa de tempo, de
pressão, precisa de uma resistência incrível. É o gotejamento lento que faz a estalactite,
o tremor da Terra que cria as montanhas, o constante bater das ondas que quebra
as rochas e suaviza a arestas. E da violência, do furor, da ira dos ventos, do
rugido das águas emerge algo melhor, algo que de outra forma nunca existiria. E
assim suportamos. Temos fé na existência de um propósito. Temos esperanças em
coisas que não podemos ver. Acreditamos que há lições nas perdas e poder no
amor, e que temos dentro de nós o potencial para uma beleza tão magnífica que o
nosso corpo não pode contê-la.”
Joshua
Taylor, pastor e pai de Fern Taylor.
Porque cada um lida de forma diferente
com a perda seja ela qual for, mas há aqueles que escolhem se moldar a ela e
encontrar uma nova forma de viver.